Tomado pelo espírito cívico e pela necessidade de ter algum material cujo direito autoral ainda não tenha caido em domínio público, comecei a reescrever Os Lusíadas. Pode parecer oportunista. Contra esse tipo de acusação, me defendo dizendo que a situação é bastante inspiradora. Pense só, para sair dessa crise será necessário passar por uma verdadeira epopeia. E pra você, navegador de meu blog, lanço aqui, em primeira mão, a primeira estrofe revisada.
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As armas e os barões assinalados, Que da ocidental praia Lusitana, Por mares nunca de antes navegados, Passaram ainda além da Taprobana, Em perigos e guerras esforçados, Mais do que prometia a força humana, E entre gente remota edificaram Novo Reino, que tanto sublimaram; | Os Euros e os cartões assinalados, Que, da ocidental praia Lusitana, Por shoppings nunca de antes navegados, Passaram muito além da reserva de grana, Em juros e correções foram enforcados, Mais do que pagaria a força humana, E entre gente remota edificaram Uma nova dívida, que nem imaginaram; |
2 | 2.0 | |
E também as memórias gloriosas Daqueles Reis, que foram dilatando A Fé, o Império, e as terras viciosas, De África e de Ásia andaram devastando; E aqueles, que por obras valerosas Se vão da lei da morte libertando; Cantando espalharei por toda parte, Se a tanto me ajudar o engenho e arte. | E também as promissórias ilusórias Daqueles Lusitanos, que foram dilatando O Mané, o vitupério e as bolsas viciosas Até a Á frica e Ásia andaram nos passando; E aqueles, que por obras dispendiosas Se vão próximos da morte pagando; Cantando deverei até pra Marte, Isso se tiver um financiamento à parte. |
3 | 3.0 | |
Cessem do sábio Grego e do Troiano As navegações grandes que fizeram; Cale-se de Alexandro e de Trajano A fama das vitórias que tiveram; Que eu canto o peito ilustre Lusitano, A quem Neptuno e Marte obedeceram: Cesse tudo o que a Musa antígua canta, | Cessem dos falidos Grego e Troiano As especulações grandes que fizeram; Cale-se de Alexandro e de Trajano A lama das derrotas que tiveram: Que eu canto o endividamento Lusitano, A quem Netuno e Marte forneceram: Cesse tudo o que a Musa antígua canta, Que outro valor mais alto se alevanta. |
Pois é "Lulinha" de Camões, é preciso navegar, navegar.
ResponderExcluirEntão, aproveita, que tal tu pegar uns conselhos com o teu homônimo, aqui, na "ex-tua" colônia... O poeta daqui é também muito lírico, os novos tempos e ventos nos levam a isso, tudo indica que o óleo vai nos fazer, navegar...
Aqui, onde outrora teus conterrâneos chamavam de "Porto Seguro", pergunto: Vocês ainda tem esta imagem da Terra de Santa-Cruz??
Me quebra um galho: Pede para o Pero Vaz reescrever a "famosa" carta!!
Natanael e Paulo Matheus
ResponderExcluirAntes
Da alma e de quanto tiver
Quero que me despojeis,
contanto que me deixeis
Os olhos para vos ver
Depois
Do Dinheiro enquanto tiver
quero disperdiçar
contando o que gastei
fechei os ólhos para não ver
1.As armas e os barões assinalados,
ResponderExcluirQue da ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;
2.E também as memórias gloriosas
Daqueles Reis, que foram dilatando
A Fé, o Império, e as terras viciosas,
De África e de Ásia andaram devastando;
E aqueles, que por obras valerosas
Se vão da lei da morte libertando;
Cantando espalharei por toda parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.
3.Cessem do sábio Grego e do Troiano
As navegações grandes que fizeram;
Cale-se de Alexandro e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram;
Que eu canto o peito ilustre Lusitano,
A quem Neptuno e Marte obedeceram:
Cesse tudo o que a Musa antígua canta,
Paródia Keisy 23/11/2010
1. As facadas e as lagrimas assinalados,
Que, da ocidental ilha lusitana,
Por chats nunca antes navegados,
Passaram muito além dos blogs rastreados,
Em insegurança e lutas foram enforcados,
Mais do que podia a fome humana,
E entre pessoas obesas, foram acorrentadas,
Novas receitas, que tanto sublimaram;
2. E também os ódios acumulados a glória
Daqueles nediez, que foram dilatando
A gordura, a fome, a impaciência viciosas
Até a África e a Ásia andaram engordando;
E aqueles, que por obras deslumbrantes
Se vão da leia da obesidade acumulando
Cantando comerei por toda parte;
Isso se tiver por toda parte.
3. Cessem dos obesos gregos e troianos
As porções grandes que fizeram;
Trata-se de Alexandre e de Trajano
Em nome das conquistas que tiveram;
Que eu canto novamente o mestre lusitano
A quem Netuno e Marte ofereceram
Que cesse tudo que eles cantam.
Olá! Obrigada pela colaboração. Os trabalhos estão ótimos! Parabéns, continuem assim! Beijos!
ResponderExcluirhttp://camoesograndemisterio.blogspot.com/
ResponderExcluirEntrem e comentem se faz favor
Obrigado(a)